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Neste mundo há...

coisas boas. E depois há as dores de cotovelo, que são lixadas e dificeis de suportar.

E, porque não devem ter mais nada para fazer, metem-se nos braços das pessoas, coitadas, que lá as vão acarinhando até elas passarem a fazer visitas regulares.

Eu já tenho uma lista enorme de pessoas a quem vou apresentar as minhas contas no final do mês, por causa dessas ditas dores, que as levam a ter comportamentos que sempre juraram repugnar.

Relembrando o 11 de Setembro

Lembro-me como se fosse hoje. Estava sentada no sofá, na casa onde vivi até á pré-adolescência, com a televisão ligada e a minha mãe de volta das coisas na cozinha.

O choque de, de repente, ver duas torres na cidade de Nova Iorque e, outro choque ainda maior, quando percebi que aquilo que se dirigia a uma delas era um avião. Na altura aquilo fez uma confusão tremenda na minha cabeça. O que era aquilo que eu estava a ver? O que estava a acontecer e porquê? Porque estavam a matar pessoas daquela maneira? Aliás, porque estavam a matá-las e pronto?

Após o segundo embate, eu já estava petrificada em cima do sofá, a olhar todo aquele aparato e depois, automaticamente, as mãos subiram até á minha boca quando a primeira torre caiu. Mas o choque maior, foi ver as que se atiravam das janelas, tão desesperadas que viram ali a solução para fugirem ao fumo e ao calor infernal que cada andar atingiu, depois do impacto.

Admito que aquilo foi muito pesado para mim, mas não me assustou. Pelo contrário, abriu-me a mente para o que se passava no mundo, para aquela ameaça que se expunha daquela forma tão bárbara e desumana. Deu-me pena, todas aquelas mortes de pessoas inocentes, que estavam no avião errado, á hora errada, bem como aquelas que se encontravam nas torres e arredores.

Foi o primeiro ato deste género que ficou gravado na minha mente a ferro e fogo. E nunca, mas nunca cheguei a perceber o porquê. Só depois descobri que, antes do 11 de Setembro, o World Trade Center sofreu um incêndio em 13 de fevereiro de 1975 e um ataque a bomba em 26 de fevereiro de 1993.

Odeio o facto de o ser humano ser capaz de coisas tão horriveis quanto esta. Acredito que o bem não pode existir sem o mal, mas deveria. O mal é horrivel. Deveriamos ser capazes de amar tanto, ou mais, como somos capazes de odiar.

 

E o dia de ontem?

O dia de ontem correu muito bem!

Depois de muito pensar, e aquela troca de olhares entre mim e o meu P., decidimos dizer "que se f***!" e levar o pequenote connosco. Visto que o P. vai ficar de férias e teremos tempo para nós. A sós.

Por isso, bem cedinho, esta vossa amiga levantou-se, arrumou o que faltava e acordou "os homens da casa". Rumámos á cidade, onde paramos para fazer as últimas compras para a viagem. Depois disso, "pé na tábua, prego a fundo" e até á próxima paragem.

Parámos na praia da Tocha, onde estava um sol quentinho... Até meio do caminho. Assim que nos aproximámos mais do mar, vimos um nevoeiro cerrado, que não havia meio de levantar. Mas não estava frio. Decidimos ver a pequena feira que havia por lá, ir ao mercado comprar um balde com uma pá para o miúdo e almoçámos por lá, pensando que o tempo melhoraria até lá.

Nada, continuou igual. Ao fim de almoço tentámos ir até ao mar, mas continuava igual. Decidimos seguir por uma estrada até á Figueira da Foz. Mas o raio da estrada tinha mais buracos que um queijo suíço. Parecia que dançávamos dentro do carro. Bem, o miúdo lá adormeceu com tanto balanço.

Chegámos á Figueira com muita risada e parvoíce da minha parte e da do P., pois ele estava sempre a meter-se comigo por causa do tempo. Na Figueira estava ótimo! Um sol quente, um céu limpo (sim, o maldito nevoeiro começou a desaparecer... ou seja, poderiamos ter ficado nma Tocha)... Mas um ventinho fresco... De arrepiar. Mesmo assim, qual belo grupo de ciganos, montámos acampamento na areia e ali ficámos.

Foi ótimo. O miúdo brincou e já não detesta a praia. É algo para repetir.