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A Lêh e a maternidade

Soube que estava grávida aos 22 anos. Tive o meu filhote com 23. Fui olhada de lado pela sociedade, e já nem sequer era uma adolescente...

Fiquei assustada, mas um dia depois de descobrir, propuseram-me fazer um aborto, porque tinha tempo de ter filhos, porque estava a tirar um curso, porque o pai do meu filho não era a melhor escolha para o papel. Finquei o pé no chão e recusei-me a matar um ser que não tinha culpa de nada. Contra tudo e todos, que esperavam que eu abortasse, fui para a frente com a gravidez (hoje não estou com o pai do meu filho, mas isso fica para depois).

A gravidez correu bem, os enjoos pararam de vez após os 3 meses. Não engordei, não fiz um barrigão, não deixei de ir ás aulas (o que espantava toda a gente)... eu andava como se nada fosse.

Fiquei um pouco em choque quando soube que era um menino, porque queria uma menina, mas esse choque só durou um minuto. Não tinha nome escolhido para rapaz, nem nada hehehe.

A complicação veio ás 29 semanas e meia. Após um dia e meio de dores intensas, descobri que tinha a perna inchada e roxa. Conclusão: uma trombose venosa na perna. Um dia no hospital, 3 semanas de repouso absoluto. 3 meses e meio de injeções diárias nas pernas (administradas por mim).

Depois disso, correu tudo bem novamente... Até ao dia do parto. A carniceira que me fez o parto, deixou-me com uma cicatriz medonha, digna de filme de terror (o que vale é que "ninguém" vê), que me fazia dores horriveis e que me impedia de mexer nos cinco dias antes de tirar os pontos. Uma semana depois, devido á força feita no parto, apareceu-me um quisto, que encheu de gordura. Deixou-me cheia de dores, que me impossibilitavam de andar.

Mas agora estou bem, tirando a parte em que tenho de ser seguida por um especialista, por causa da perna. Mas, mesmo com todos estes contras, e passando pelo que passei, queria muito ter outro filho, a menina dos meus sonhos.